RESENHA
O Branqueamento do Trabalho.
Editora Nefertiti, 2008, 1ª edição.
Ramatis Jacino procura explicar a sociedade
de finais do século XIX, focando a transição do trabalho escravo para o
assalariado regido pela ótica capitalista, e as implicações que essa transição
acarretou. Contudo quando a Lei Áurea foi publicada, em 13 de maio de 1888,
apenas 5% da população negra continuava escrava, isso aconteceu devido à
introdução de imigrantes europeus no país (o que podemos chamar de
branqueamento do trabalho), compra de cartas de alforria, libertação voluntária
e fugas; ou seja, o escravismo já havia perdido sua eficácia. É a partir dessas
informações que o autor discorre, esclarecendo as medidas tomadas pelo Estado a
fim de disciplinar aqueles trabalhadores, que antes estavam sob a responsabilidade
de entes privados, e agora estão à mercê da sociedade. O que fazer com aqueles
negros que não eram mais escravos e que, na concepção das elites não podiam ser
absorvidos pelo mercado de trabalho e pela sociedade, no mesmo nível das demais
etnias? Como garantir a continuidade da produção da riqueza nacional com outra
forma de trabalho? Forma de trabalho esta que considera agora a compra da força
de trabalho, e não a compra do indivíduo, desconhecida para o nosso país e
pressionada pela Inglaterra? Essas perguntas são respondidas ao longo do livro,
baseado em vasta bibliografia.
LEIA O RESTANTE DA RESENHA NA PÁGINA "RESENHAS"
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