quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"O BRANQUEAMENTO DO TRABALHO"

RESENHA


O Branqueamento do Trabalho.
Editora Nefertiti, 2008, 1ª edição.

Ramatis Jacino procura explicar a sociedade de finais do século XIX, focando a transição do trabalho escravo para o assalariado regido pela ótica capitalista, e as implicações que essa transição acarretou. Contudo quando a Lei Áurea foi publicada, em 13 de maio de 1888, apenas 5% da população negra continuava escrava, isso aconteceu devido à introdução de imigrantes europeus no país (o que podemos chamar de branqueamento do trabalho), compra de cartas de alforria, libertação voluntária e fugas; ou seja, o escravismo já havia perdido sua eficácia. É a partir dessas informações que o autor discorre, esclarecendo as medidas tomadas pelo Estado a fim de disciplinar aqueles trabalhadores, que antes estavam sob a responsabilidade de entes privados, e agora estão à mercê da sociedade. O que fazer com aqueles negros que não eram mais escravos e que, na concepção das elites não podiam ser absorvidos pelo mercado de trabalho e pela sociedade, no mesmo nível das demais etnias? Como garantir a continuidade da produção da riqueza nacional com outra forma de trabalho? Forma de trabalho esta que considera agora a compra da força de trabalho, e não a compra do indivíduo, desconhecida para o nosso país e pressionada pela Inglaterra? Essas perguntas são respondidas ao longo do livro, baseado em vasta bibliografia.

LEIA O RESTANTE DA RESENHA NA PÁGINA "RESENHAS"

Nenhum comentário:

Postar um comentário